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Conversas sobre terapia

  • Luana Gonçalves
  • 11 de out. de 2016
  • 3 min de leitura

Vamos falar de historia .....

Eu não preciso de terapia? Não estou maluco ? Isso não é para mim! Bobagem, isso não funciona!

Estas questões e dúvidas são naturais e permeiam a cabeça, quando um paciente, resolve procurar um profissional da área de Psicologia. A simples ideia de conversar com um Psicólogo , para muitos , já torna-se um tanto temerária. Afinal, quem é este profissional ? Afinal, vou contar minhas angústias, meus dilemas, dúvidas ...? E, essa tal de Terapia (Psicoterapia) será que vai me ajudar mesmo? Pois é, muitas questões suscitadas para responder rapidamente, faz-se necessário, uma pequena introdução e um pouco de aprofundamento nestes temas.

A história da psicologia é muito rica e ampla, portanto, é importante nos ater a alguns fatos importantes para constituição desta ciência e esclarecimentos de situações e posições em relação a Psicologia e também a Psicanálise.

Em 1879, na Alemanha, o médico e filósofo Wundt criou o primeiro laboratório psicofisiológico para estudos sobre : o paralelismo entre os processos mentais e fisiológicos. Em pouco mais de 14 anos , já existiam, cerca de 24 laboratórios, nas universidade americanas, denotando sinais de que a Psicologia teria um crescimento exponencial. Este crescimento continua até os dias de hoje. A Psicologia se tornou uma ciência e profissão muito atuante, presente em múltiplas áreas e socialmente muita influente.

A Psicologia é a disciplina científica, nos quais, são abordadas as questões humanas e fenômenos como o comportamento, as emoções, a percepção, de forma geral, a experiência do homem consigo mesmo e nos seus relacionamentos com as pessoas, nas organizações e como protagonista de processos sociais.

A diferença entre o conhecimento psicológico e o saber filosófico, religioso, artístico e do senso comum baseia-se no referencial metodológica ao método científico, que impõe precisão nas perguntas a serem feitas sobre o homem, além do uso de estratégias como testes, observação sistemática, experiências, pensamento crítico e uma contínua revisão de suas idéias e conclusões.

Falar sobre o nascimento e história da Psicologia, sem fazer referências a Sigismund Schlomo Freud, ou mais conhecido "Sigmund Freud", considerado o "pai da Psicanálise", torna-se uma tarefa pouco produtiva, pois, estão intimamente ligados estes dois temas.

Freud, assim como Wundt, tinha a formação acadêmica em medicina. Era um neurologista, através de sua parceria com Josef Breuer outro médico e ainda de suas observações da melhora de pacientes do Dr. Jean Martin Charcot, sendo estes grandes influenciadores de seu obra e sobretudo da Psicanálise.

Inicialmente, Freud adotou a hipnose, como forma de acesso aos conteúdos mentais no tratamento de pacientes com histeria. Após observações, elaborou a hipótese de que a causa da doença era psicológica, não orgânica; sendo essa, uma de suas hipóteses centrais que serviu de base para seus conceitos, tais como: o Inconsciente. Outras teorias, que são importantes e influenciam muitos estudiosos , estudantes e profissionais, em sua biografia são: teoria dos mecanismos de defesa, repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana, conhecida como libido, assim como suas técnicas terapêuticas.

Freud e Breuer desenvolveram uma relação próxima, e com isso, surgiram obras literárias importantíssimas para o desenvolvimento da Psicanálise e novos conceitos, em relação aos tratamento de seus pacientes.

Breuer, já utilizava a terapia da conversa, associada a hipnose, porém, neste desenvolvimento, estabeleciam algumas lacunas, sendo neste momento, no qual Freud tem grande participação, o que mais tarde seriam pontos divergentes em suas visões. Breuer concluiu que os sintomas neuróticos resultavam de processos inconscientes e desapareciam quando esses processos se tornavam conscientes. Chamou a esse processo de Catarse. Breuer não quis continuar a prática terapêutica, por questões pessoais, porém, repassou todo seu método para seu atento e dedicado discípulo Freud, que não só, prosseguiu com seu trabalho, como também introduziu novos conceitos. Freud e Breuer continuavam sua relação através de discussões de casos e das técnicas utilizadas. Em 1893, lançam um livro chamado " Estudos sobre Histeria". Esta obra é tida como um marco inicial, entre os estudos sobre Psicanálise.

A cisão entre Freud e Breuer se dá, pois, Breuer não aceita o ponto de vista de Freud, quanto a recordações infantis de sedução. Freud acreditava que as suas pacientes tinham sido realmente seduzidas quando crianças. Um tempo depois, Freud reconhece que as memorias, realmente poderiam ter sido apenas fantasias infantis .

Por fim, após esta breve introdução, podemos observar que, a Psicologia evolui ao longo destes anos e a Psicanálise caminhou em paralelo, introduzindo seus métodos e mostrando sua importância frente as demandas terapêuticas.

E a história continua ......


 
 
 

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